O bom, o mau e o cidadão

Independentemente do resultado desta noite  das eleições autárquicas, o lamentável episódio ocorrido em Ermelo, leva-nos para uma situação consumada do desnorte político a que assistimos nos dias de hoje. Muito por culpa dos partidos políticos, o clima de disputa entre os militantes das diferentes cores partidárias, levado ao extremo, trás-nos consequências drásticas. Dar resposta às necessidades das populações, aquele que deveria ser o propósito dos partidos, desvirtua-se em obscuridades tantas. Onde a moral e os valores deveriam dar o mote para a acção, é a parcialidade desmedida, é a rivalidade desregrada, é o ódio, é o rancor que imperam. Isto não é democracia. Numa altura de afogo económico à escala global, em que grande parte da população, desde a mais remota freguesia ao mais urbano concelho, sente diariamente dificuldades, é prioritário que os partidos políticos deixem de parte qualquer tipo de querelas e comecem a cooperar. Estão ainda a tempo de se remitirem dos seus pecados.