Zeca Garro

O Bota Sentido, na manhã de sexta-feira, salvou um cagarro. Espera-se que ele não passe por Santa Maria.


Já agora, informa-se que a campanha S.O.S. Cagarro 2009 decorre até ao próximo dia 15 de Novembro.

Separados à nascença #9

Isabel Alçada e Sid. Master em Ciências da Educação pela Universidade de Boston, a professora, escritora e política Isabel Alçada, co-autora da série de livros Uma Aventura, apesar de o ter negado horas antes da sua indigitação, é a nova Ministra da Educação. Sid é uma ficcional preguiça pré-histórica que importuna um grupo de amigos a aventurarem-se nos filmes Ice Age.   

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O que faz falta é xingar a malta

Faltou o xingar a José Afonso. De facto, o que o bom povo português gosta é de uma boa polémica e se na semana passada era Maité Proença, agora é - o já repetente - José Saramago a dar que falar. Há lá sentido que se bote nisso. 

Separados à nascença #8

António Costa e Dr. Julius Hibbert. Natural da indiana Goa, António Costa é um advogado já com um currículo extenso na política. Em 2007, abandona o cargo de ministro dos Assuntos Parlamentares para ir socorrer uma moribunda Câmara Municipal de Lisboa. Arrumada a casa na medida do possível, candidata-se, dessa vez para um mandato completo e salvou o Partido Socialista de uma derrota em Lisboa, nas últimas eleições autárquicas. Julius Hibbert é um destacado e bem-humorado médico da simpática cidade de Springfield, da série televisiva Os Simpsons. Salva, em vários episódios, a vida dos membros da família Simpson, mas, claro, pedindo algo em troca. Não há almoços grátis.

Um especial agradecimento ao Jordão, do Candilhes, por ter sido ele a dar a sugestão para este número oito da rubrica Separados à nascença.

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"An offer you can't refuse"

Década de 40 do século passado. Numa América saída vitoriosa da guerra e em sucessivo desenvolvimento aparece uma novidade nos negócios clandestinos. A droga tornava-se cada vez mais a matéria-prima que gerava fortunas às famílias do crime. Don Corleone, conceituado chefe de uma família, tanto que o chamavam de Padrinho, nega uma proposta para entrar no negócio da droga e este passa para uma família rival, despoletando uma série de eventos que o enfraquecem, perdendo muito do seu domínio. 

O que isto tem a ver com Berta Cabral, perguntarão muitos de vós.  Aquela que foi tida como "figura do futuro", líder incontestada do PSD/Açores, no passado dia 11 de Outubro, ao sofrer uma derrota nas autárquicas, refugiou-se na sua casa, Ponta Delgada, e preferiu descolar-se do papel de líder de partido. Ao tê-lo feito, pôs em causa as altas expectativas que lhe eram dadas. Não obstante, Berta Cabral, enquanto presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, desempenhou um trabalho notável, e, talvez por não se ter rodeado de bons consigliere, ao logo do tempo tem mudado de atitude, mais ao ataque.

Mesmo sem porem em causa a sua capacidade de liderança, vozes críticas dentro do seu partido começam a surgir, como que a marcar terreno. Duarte Freitas e Reis Leite fizeram-lo e Pedro Gomes diz hoje no Açoriano Oriental o que Berta devia ter dito no discurso de domingo. A fuga para a frente de Berta Cabral poderá de sido mais fácil para ela, no primeiro encontro que teve com a derrota, mas terá certamente de discernir melhor as suas opções, para não comprometer o seu futuro.

No outro lado das hostes, não obstante a vitória (em alguns casos surpreendente) socialista, alimenta-se uma nova candidatura de Carlos César às regionais de 2012. Numa altura em que se fala da coerência (falta dela) dos agentes políticos, a concretizar-se, César, que já  a tinha negado, dá um tiro no seu próprio pé e fere de igual modo a sua imagem. Não há sentido a lhe botar.

Voltando ao filme O Padrinho, é curioso observar que até um líder mafioso, como era Corleone, tinha a capacidade de reconhecer o que era ou não certo e ético, capacidade esta que ditou a sua desgraça.  Talvez seja por isso que na política se ponha de lado a ética. 

Sem lei nem grei

Vila de Rabo de Peixe, terra de difícil estudo. Se num lado temos um pólo mais abonado e civilizado, no outro, apesar de um forte investimento social e material, persiste a desordem e a pobreza, principalmente a de espírito. 

Então não é que um valente, ou melhor, violento grupo de 300 indivíduos, insurge-se contra as forças de segurança, provocando um alarido há muito tempo não visto? Vejam aqui no Candilhes, blog atento ao que por cá se vai passando. 

O bom, o mau e o cidadão

Independentemente do resultado desta noite  das eleições autárquicas, o lamentável episódio ocorrido em Ermelo, leva-nos para uma situação consumada do desnorte político a que assistimos nos dias de hoje. Muito por culpa dos partidos políticos, o clima de disputa entre os militantes das diferentes cores partidárias, levado ao extremo, trás-nos consequências drásticas. Dar resposta às necessidades das populações, aquele que deveria ser o propósito dos partidos, desvirtua-se em obscuridades tantas. Onde a moral e os valores deveriam dar o mote para a acção, é a parcialidade desmedida, é a rivalidade desregrada, é o ódio, é o rancor que imperam. Isto não é democracia. Numa altura de afogo económico à escala global, em que grande parte da população, desde a mais remota freguesia ao mais urbano concelho, sente diariamente dificuldades, é prioritário que os partidos políticos deixem de parte qualquer tipo de querelas e comecem a cooperar. Estão ainda a tempo de se remitirem dos seus pecados.     

Separados à nascença #7

Júlio Duarte e William Shatner. Júlio é candidato pela CDU ao Concelho de Lagoa, ilha de São Miguel, Açores nestas eleições autárquicas de 2009, porque lhe pediram pá. Apresenta um programa bastante claro e está empenhado em combater os problemas da pobreza, exclusão social, alcolismo e os drogados, pá. William é um actor canadiano, conhecido por ter interpretado James T. Kirk, na série televisiva de ficção-científica Star Trek, que mais tarde deriva em longas-metragens para cinema. Depois dos filmes, a sua carreira entrou de declínio, pelo menos até 2004, ano em que se estreou na série norte-americana Boston Legal.

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Pop Campanha

Política, a quanto obrigas! A poucos dias de todos nós sermos chamados a votar a 11 de Outubro, a campanha em Ponta Delgada, mesmo em condições climatéricas adversas, não se farta de sair à rua. Ele é apitos, é tambores, é gritaria, é hinos nos megafones em modo repeat. Vale tudo para se ser ouvido. A acrescentar ao irritante e ensurdecedor barulho das comitivas, não faltam pois os brindes, e há-os para todos os gostos. As já clássicas bandeiras, t-shirts, as esferográficas, os porta-chaves, bonés e os isqueiros continuam a ser distribuídos por tudo que é sítio onde haja uma casa. Todavia, esta campanha trás algo de novo, algo mais... moderno. Se há uns anos apostava-se nos aventais e sacos de plástico, agora são os sacos de compras fashion em tecido a ocupar-lhes o lugar, juntamente com bolsas de todos os feitios, quer para arrumar telemóveis e demais geringonças, quer para porta-moedas, os destinos a se lhes dar são múltiplos.  Os velhinhos autocolantes deram lugar aos folhetos cuidados no grafismo, que o que importa é parecer tudo bonito. Afinal de contas, parece que é disso que o povo gosta. 

Anno Domini MMIX

Diz-nos a Lusa, orgão mui prezado de informação, que por terras do Vaticano, "o bispo Gianfranco Girotti, regente do Tribunal da Penitenciária Apostólica do Vaticano, afirmou que, nos casos de possessão diabólica, a pessoa afectada deve dirigir-se a um exorcista e não a um confessor. Porém, no caso de alegadas visões sobrenaturais, aconselha-se o recurso a confessores especializados, acrescentou Girotti numa iniciativa organizada terça-feira pelo Tribunal a que preside, revelou o diário "L'Osservatore Romano", segundo o qual o bispo também denunciou a "forte crise" que está a atingir o sacramento e a confissão.
Após analisar diferentes casos de confissões, o prelado referiu "casos complexos e delicados" como os fenómenos diabólicos, místicos e presumivelmente sobrenaturais.
Girotti incluiu nos diabólicos os casos de possessão e obsessões e aconselhou a intervenção de um exorcista, enquanto nos casos ligados ao misticismo e à histeria o ideal será consultar peritos religiosos." (fonte)

Estamos mesmo em que ano?