sábado, 26 de dezembro de 2009

Mau tempo

(AP PHOTO)

Estados de emergência, estados de calamidade, alertas vermelhos. Fôssemos alarmistas, diríamos que é a Natureza a vingar-se da decisão de Copenhaga.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Separados à nascença - Especial de Natal

Karl Marx e Pai Natal. Marx, filósofo alemão do século XIX, autor d'O Capital, é a mente que está por trás do comunismo moderno. O velhinho de roupas vermelhas e barba branquinha, nascido em 1931, filho da Coca-Cola, é um bonacheirão que só aparece em Dezembro, para felicidade de pequenos e graúdos. Em comum têm os longos cabelos e barba branca. Pai Natal pode ter uma vestimenta vermelha, cor associada ao comunismo, mas todo ele é puro capitalismo, fruto da nossa sociedade de consumo.




Um Bom Natal para todos!



terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Bota sentido às artes culinárias

Hoje em dia, aquele lugar muitas vezes desprezado, descuidado, conhecido como habitat natural das mulheres, ganhou um maior destaque e consideração na vida das pessoas. Falo, claro está, da cozinha. Uma pessoa moderna, desperta para os desafios que um fogão proporciona, gosta de fazer do cozinhar um ritual, tanto para proveito seu, como para proveito colectivo. Um acto social, portanto.

Da mera confecção para satisfazer uma necessidade fisiológica, a culinária afirma-se cada vez mais como uma forma de arte. Afinal de contas, há que esmerar no prato que levamos à mesa. O interesse em descobrir novos paladares, aprofundar os conhecimentos gastronómicos e o fugir das salsichas com arroz espevita aquele gourmet que há em nós. O Bota Sentido não poderia ficar indiferente a essa tendência e, à semelhança de blogs sobre este tema (como é o caso do rigoroso mas bem-disposto luisantonego), quis criar uma rubrica dedicada ao bem comer.

Inicialmente, pensamos em convidar António Cavaco para nos dar uns apontamentos de culinária. Todavia, para nos afastarmos da conotação negativa de excentricidade e arrogância que é dada a esta prática, fomos em busca de uma pessoa do povo e, por graça divina, encontramos a pessoa ideal, José Pires. Pedreiro de profissão, em Abril de 2004, por força da sua mulher ter fugido com o seu vizinho para o Canadá, viu-se obrigado a tomar conta das panelas e frigideiras lá de casa. Os primeiros meses foram difíceis, mas, conta ele, "aquilo que no princípio foi um tormento, foi-se tornando num prazer. Dantes, mal sabia o que era alho-francês, agora pego nele e faço uma vichyssoise de comer tudo e lamber a tigela".

Uma crónica a começar brevemente.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Ensino Inferior

Há uns tempos, uma filmagem de uma aula do secundário tornada pública no conhecido site Youtube apresentava-nos o cenário de decadência do ensino público em Portugal, com uma aluna, por causa do telemóvel a ter uma atitude condenável perante a professora. Mais tarde, novamente neste site de difusão de videos, conhecíamos o caso de uma professora que passou dos limites deontológicos na abordagem sobre educação sexual. Discutiu-se a qualidade do ensino, a formação dos professores, a proibição deste tipo de filmagens e tudo mais.

Agora, por mais incrível que possa parecer, temos ambos os casos - maus alunos e mau professor - numa aula do ensino superior. Tudo se passou na Universidade dos Açores, numa aula do curso de Engenharia Civil. Um grupo de alunos repetentes tratam de desestabilizar uma aula em que o professor não é capaz nem tem capacidade de se impor. Ao longo da gravação percebe-se que é uma situação continuada. O docente desenha no quadro aquilo que é um sistema por ele inventado de colocar desordeiros na rua. No entanto, ele próprio não sabe lidar com os tais desordeiros. A chacota continua até que uma desrespeitada ordem dele para desligar um computador o faz, em silêncio, terminar e sair da aula. A ver aqui:



Parte 2, Parte 3, Parte 4


Sem querer entrar em reflexões vãs de como vai o ensino por cá, faço apenas uso da expressão popularizada por Hélder Medeiros: grandes labregos!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Separados à nascença #12

Luís Alberto Bettencourt e José António Mesquita. Um está ligado à musica, o outro à política. O primeiro gosta de se apresentar em traje informal, o segundo não dispensa o fato e gravata. Bettencourt é um artista multifacetado, apesar da pouca expressão do seu trabalho. Mesquita, enquanto representante de República nos Açores, partilha da sua pouca expressão enquanto agente político, destacando-se apenas num e outro cocktail, como convidado protocolar. Um gosta da barba completa, o outro prefere um estilo mais à cavanhaque. Se há coisa onde se encontram, ela é o forma dos óculos.

Já deste por ti a pensar que fulano é a cara chapada de beltrano? Manda as tuas sugestões para botasentido@gmail.com

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Senhor, é um engano propositado

Hoje, a ouvir o bloco de informação de uma estação de rádio, a jornalista falava numa inverdade de alguém que agora não interessa. Noutra ocasião, também numa estação de rádio, creio que a mesma mas desta feita num programa de debate, um dos comentadores dizia que determinada pessoa estava a usar declarações falsas. Numa sessão parlamentar, fértil neste tipo de linguagem, um deputado acusava outro de faltar à verdade. Parece que há um certo tabu em relação à palavra mentira neste país. Se bem que seja só ao uso dela.

De eufemismos vive a nossa política. Ontem, na audição da Comissão Parlamentar de Saúde, Maria José Nogueira Pinto, talvez saturada de suavidades, disfemisticamente, chama o deputado Ricardo Gonçalves de palhaço. São estes os nossos representantes.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

1640, 2009

1 de Dezembro de 1640 - depois de 60 anos entregue a Espanha, Portugal vê restaurada a sua independência, com D. João IV a dar inicio à dinastia de Bragança.

1 de Dezembro de 2009 - passados 2 anos da sua assinatura e alguns sobressaltos na sua ratificação, o Tratado de Lisboa começa a vigorar.


Restauração da Independência e a entrada em vigor do Tratado de Lisboa. Temos hoje dupla comemoração, se bem que haja alguma reticência quanto a esta última. O tempo o dirá.